Pandemia

Gestores de academias pedem flexibilização

Representantes dos estabelecimentos terão reunião nesta sexta-feira com a prefeita para apresentar a demanda e as medidas a serem adotadas

Reprodução -

Representantes e gestores de academias de Pelotas têm reunião marcada para esta sexta-feira (24) com a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB). A pauta é o pedido para reabertura dos estabelecimentos, com a apresentação de medidas de segurança que poderão ser implementadas. Os proprietários também solicitam a apresentação dos critérios utilizados pelo poder municipal para a manutenção do fechamento das academias no novo decreto, que autorizou o funcionamento controlado do comércio e de outros segmentos.

“Nós temos que entender qual é o critério de avaliação utilizado para o nosso setor não estar incluído nesse [decreto]”, afirma Augusto Saleh, proprietário de uma academia e de uma clínica para o tratamento de atletas. Segundo ele, mais de cem gestores de academias estarão representados. O funcionamento dos locais está suspenso desde o dia 21 de março, data em que foram autorizadas somente a abertura de estabelecimentos com atividades essenciais. Desde então, ele aponta que parte dos representantes apoiavam a decisão do isolamento em sua totalidade, e que todas as medidas estavam sendo respeitadas. “Com a flexibilização, se abre uma brecha para que alguns setores possam voltar”, afirmou, destacando que a atividade física pode representar um auxílio no aumento da imunidade, atuando na prevenção de doenças infectocontagiosas, como a Covid-19. Durante o período de suspensão das atividades, os proprietários vêm recorrendo a atividades de forma online para que a rotina seja mantida. “A grande maioria das academias já está anunciando que precisou fazer redução no quadro de pessoal”, citou Saleh. Nos estabelecimentos em que gerencia, ele afirma que os salários dos funcionários estão sendo cumpridos, mas que outros custos, como o pagamentos do aluguel do espaço, estão pendentes.

Medidas de segurança

Na reunião, serão apontadas medidas de segurança que poderão ser cumpridas para a reabertura dos estabelecimentos, seguindo recomendações do Conselho Regional de Educação Física da 2ª Região (CREF2/RS) e da Organização Mundial da Saúde, como a verificação de temperatura dos alunos, utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) por funcionários, disponibilização de álcool gel e higienização de equipamentos após cada uso, por exemplo. Outra medida apontada pelo gestor é a limitação no número de atendimentos, que pode ser condicionada à quantidade de alunos por professor. Há, ainda, a possibilidade, para a presença, por horário, de até 35% da capacidade total prevista no Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndios de cada local. “A nossa ideia é totalmente de somar esforços com a prefeita e sermos ouvidos para que, dessa maneira, a gente possa estar contribuindo com a sociedade pelotense”, contou Saleh.

Opiniões contrárias

Conforme Saleh, o grupo está em contato com professores da Escola Superior de Educação Física (ESEF) da UFPel, no intuito de que possam promover contribuições com relação às medidas. “Estamos buscando alicerçar nossa defesa junto aos setores que foram contrários para que estejamos adaptados às exigências que julgam necessárias”, destacou. No último dia 17, os docentes da Escola assinaram uma nota em que afirmam serem contrários à reabertura de academias, centro de treinamentos e outros estabelecimentos com o mesmo fim. A nota destaca que considera as análises e projeções baseadas em evidências científicas, que apontam o distanciamento social como medida eficaz no momento para o controle da contaminação pela Covid-19. Além disso, apontam um relaxamento nas medidas de distanciamento social como motivadores de um aumento no número de casos em Pelotas, segundo projeções, demandando maior capacidade do sistema de saúde.

“Assim, destacamos que a reabertura desses estabelecimentos, por mais que represente apenas uma parcela do setor de prestação de serviços, e que seja proposta contemplando, em teoria, as medidas de cuidado para transmissão do coronavírus, seria prejudicial para o enfrentamento da pandemia”.

Durante a coletiva de imprensa online, na última quarta-feira, a prefeita chegou a falar sobre o segmento. Disse se tratar de ambientes fechados, com difícil higienização, após a transpiração dos frequentadores decorrente da prática de atividades físicas. Na oportunidade pediu a compreensão do educadores físicos. As atividades praticadas ao ar livre, individualmente ou em dupla, são permitidas pelo decreto.

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